quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Os veículos de comunicação e os novos tempos

As Tecnologias da Informação e da Comunicação mudaram o jeito da gente se comunicar de forma tão drástica que as plataformas tradicionais de distribuição de conteúdo têm se rebolado para incorporar os novos hábitos. Um exemplo disso está no aplicativo WhatsApp. As emissoras de rádio contam com ele para que ouvintes possam fazer comentários e propor pautas aos programas, ampliando a participação e a interferência em conteúdos antes produzidos exclusivamente por profissionais da comunicação.

Na própria dramaturgia o aplicativo vem sendo incorporado à cena, e as mensagens trocadas entre os personagens saltam na tela, permitindo ao público saber e acompanhar o que cada personagem diz. Isso exige do telespectador mais atenção e intimidade com as novas linguagens. Há quem diga, por exemplo, que um dos recentes trabalhos da TV Globo, a série O Rebu, não tenha obtido a audiência esperada pela estrutura não linear da narrativa e por incorporar as redes sociais à trama (em várias cenas, personagens repercutiam ficticiamente as cenas em aplicativos e sites de mídias sociais).

Mesmo assim, o movimento é crescente, principalmente, fora do Brasil. Na série Sherlock, da rede britânica BBC, as conversas entre Holmes e Watson podem ser vistas na tela da TV. Isso se repete na aclamada série House of Cards (foto), produção exclusiva do Netflix. Não à toa, tem quem se incomode com celulares desligados em cena ou mesmo quando são utilizados pelos personagens de cabeça pra baixo.

Para saber mais sobre as séries citadas, acesse os endereços:
http://www.netflix.com/WiMovie/70178217
http://www.bbc.co.uk/programmes/b018ttws
http://gshow.globo.com/novelas/o-rebu/index.html

Um comentário:

Gabriel Pontes disse...

Eu preciso resgatar esse texto que fala o conceito da hiperlocalidade, casa juntinho com isso. Esse fenômeno possibilita que ferramentas assim possam ser usadas para que o telespectador se sinta visível dentro da mídia, expondo aspectos da sua realidade local.

Apesar de que ainda me faz lembrar aquela discussão do jornalista acomodado que aguarda o WhatsApp para fazer uma matéria sobre algum aspecto da comunidade.

Uma faca de dois gumes (isto dito a grosso modo)

Muito bom!

Gabriel Pontes