sábado, 23 de outubro de 2010

Nós e Tereza Salgueiro em Fortaleza

Quando estávamos em Lisboa, qualquer oportunidade de assistir a um artista brasileiro era uma emoção. Agora, mais de um mês em Fortaleza, tivemos a chance de assistir à cantora portuguesa Tereza Salgueiro em excelente show na Reitoria da Universidade Federal do Ceará, como parte da programação do Festival de Cultura da UFC. Que saudade gostosa!

Nossa saída foi uma correira, não conseguimos nos despedir direito dos amigos, não revimos todos os lugares que queríamos. A volta também foi um mês de intensa adaptação. Agora, já com a casa funcionando completamente, e as recolocações no mercado feitas, voltamos a aportar por aqui.

O momento é de dissertar e rever pessoas queridas. Voltar a andar no calor do Ceará com novas lembranças e uma bagagem bem diferente. Vamos voltar a atualizar o blog, na medida do possível, mas prometo que também um mês longe não acontece mais.

Por sinal, Tereza encantou os cearenses com direito a música do Madredeus, seu primeiro grupo musical, no bis. As pessoas cantaram junto com a portuguesa. Lindo...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Beijos do leão-marinho

Estamos em contagem regressiva para zarpar de volta à pátria-mãe. Em clima de despedida, já retornamos a lugares que amamos ou foram importantes para a gente e, claro, corremos muito para resolver documentos e pormenores da nossa viagem de volta.

Hoje o passeio foi a um local que ainda não conhecíamos mas eu já sabia que amaria: o Zoológico! Quando fomos na casa dos nossos amigos, Maria de Jesus e Pedro, vimos uma foto linda dela recebendo uma beijoca na bochecha dada por um leão-marinho. Claro que eu também queria um! O show do zoológico além deles, também tem quatro golfinhos super legais. E todo mundo pode receber beijinhos e tirar fotos.

Além do show, o zoológico tem muitos bichos interessantes. A estrutura é diferente do zoo de Buenos Aires, que nós já tínhamos amado, porque as áreas de cada animal são mais próximas. Por exemplo, de onde os tigres estão eles conseguem ver os cervos (eu achei maldade). O tigre branco foi uma atração a parte. Até porque ele estava muito chateado, andando de um lado para outro e de repente, avançou em cima da grade na frente de um homem que tirava fotos. Se fosse com a gente, eu tinha morrido do susto. Predador total... Rinocerontes, leões, pumas, koalas e araras lindas. As girafas pegam folhinhas das mãos dos visitantes (as crianças estavam doidas com isso). Enfim, valeu muito a pena e já está marcado o retorno quando estivermos por aqui de novo. Agora, vamos voltar às malas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Alentejo Tropical

Embarcamos, na última terça (24), em uma viagem pelo Alentejo, uma das regiões mais importantes de Portugal. Já musicada por Chico Buarque, em “Fado Tropical”, a região ganhou reconhecimento internacional pela qualidade dos vinhos que produz e exporta. O convite para o passeio nos foi feito por Henedida, uma querida amiga de mestrado, e seu marido, José Antônio, que gentilmente se ofereceram para nos guiar por mais uma parte deste país, que tão bem nos acolheu ao longo do ano. É a última viagem que fazemos por Portugal, nessa primeira parte da aventura européia. E fechamos, como diz minha vó, com chave de ouro.

O Alentejo lembra, com o verão em alta, o sertão cearense. São quilômetros e quilômetros de descampados, com plantações e pastos pelo caminho. A diferença ainda está no tom de verde, mais forte, pelas reservas de água acumuladas durante o ano e pelas inúmeras vinícolas. A lembrança do Ceará brasileiro, a viagem de despedida por Portugal, o belo por do sol que pegamos na volta... Tudo deu um clima muito especial para a viagem.

Vimos muitos castelos (são inúmeros no Alentejo), cada um com sua história e peculiaridade, como o Castelo de Monsaraz (foto 1), com grau de conservação e importância para a segurança do país de uma forma diferente. Fomos parar na Espanha, em Olivença (ou Olivenza por lá), uma cidade que já foi portuguesa e está além da fronteira natural do país, que é demarcada por uma longa extensão de água. Curiosamente e devido a uma ponte que foi destruída muitos anos atrás, Olivença perdeu a ligação física com Portugal e passou a domínio espanhol, devido à proximidade que mantinha com o país vizinho. Essa identidade partilhada transformou a cidade, que tem ruas com placas em espanhol e, logo embaixo, referências aos antigos nomes portugueses.

Visitamos a cidade de Évora e o seu Templo de Diana, uma construção romana, que fica no meio da cidade (foto 2); os incríveis cromeleques (foto 3); e ainda comemos um típico cozido alentejano, que se diferencia do feito no restando do país pelo grão de bico ao molho e as carnes com textura mais próximas da nossa feijoada. Um privilégio!

domingo, 15 de agosto de 2010

Colônia - última parada

Entre outras coisas, nossa viagem de junho nos serviu para ter assunto até o dia de hoje neste blog. Isso porque a conversa sobre agosto seria: estudamos, estudamos, dissertamos, depois lemos um pouco mais... Ah, e fomos assistir ao Toy Story 3, que me fez rir muito e chorar mais ainda.

Pois nossa última parada antes de Lisboa foi a cidade de Colônia, na Alemanha. Na nossa logística de companhias low cost era mais barato dar essa passeada extra que sair direto de Viena para Lisboa. A nossa primeira grata surpresa foi o hotel. Aliás, minto, os alemães voltaram a se mostrar muito simpáticos lá. Como é uma cidade mais de "interior" não era assim tão bem sinalizada para a gente com mapas prontos no aeroporto. Mas tinha no hotel. Nosso quarto para quatro pessoas com banheiro relevou-se o quarto na cobertura do hotel, com duas camas de casal separadas por parede, banheiro enorme, varanda e até lareira. Recomendo demais: Hotel Merian. E ainda é barato e fica ao pé da estação de trens.

A grande estrela da cidade é a Catedral Gótica (foto). E minha Nossa Senhora, que catedral! Por mais que se tentasse não era possível tirar uma foto que mostrasse ela toda. Na verdade, o Rogério tirou uma do avião que deu certo. Mas ela é enorme, e muito linda. Colônia é dessas cidades que você percorre a pé tranquilamente. Dali para a cidade velha e o rio é um pulo. Estava lotada, descobrimos que é uma cidade de farra (também). Tem a fábrica de chocolate da Lindt que vende chocolates mais barato que no Free Shop e são maravilhosos. Tem ainda o museu do chocolate nela.

A cidade possui várias ruínas romanas, tinha mais só que com a guerra muita coisa acabou. Perto do prédio da prefeitura, que também é gótico e lindo, estavam fazendo uma super escavação arqueológica (foto 2). Nós ficamos um tempinho vendo os Indiana Jones carregando pedras de um lado para o outro. A Noemi e o Rogério ainda foram explorar mais e se depararam com um desfile de rua com bandinha e tudo e uns portais romanos no meio das ruas. Essas cidades com pedaços de história são muito legais. E depois de tudo isso, retonamos para Lisboa onde nossos companheiros ainda passaram alguns dias antes de voltar para o Brasil. E agora, comecemos as histórias dos últimos momentos Europa em 2010. Que venham novas aventuras!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Danúbio, os palácios e a Sissi

Eis que chegamos em Viena, capital da Áustria. Depois que marcamos a viagem "Danúbio Azul" teve uma intensa temporada aqui em casa. Pois foi o próprio Danúbio, não tão azul como a propaganda lhe faz acreditar, que nos recepcionou na cidade. E ele é tão longo quanto a valsa.

No hostel, conhecemos uma brasileiro de São Paulo, o Bruno, que estava dando uma passeada pela Europa  e se uniu ao nosso grupo. Imponência é a melhor palavra para definir aquela cidade. Muito bonita, mas um bonito gigante, com muitas colunas, prédios enormes. Imponente. Conhecer a cidade a noite já deixou isso marcado. O palácio Hofburg (foto) na verdade é um conjunto de prédios que inclui a Biblioteca Nacional, vários museus, a antiga escola de cavalaria e muito mais.

Visitamos o museu de prataria dos imperadores, os aposentos reais e, claro, o Museu da Sissi. Eu e Noemi encantadas em conhecer a história da mulher que inspirou tantos filmes lindos. Ela era linda, como as princesas de conto de fadas parecem. Mas a história dela é bem triste. Na verdade, se ela não tivesse sido imperatriz sua vida teria sido melhor.

Pois bem, conhecemos as catedrais, os parques e visitamos Schönbrunn (outra foto), o palácio de verão dos imperadores. Também enorme. Tem um jardim zoológico dentro, tem noção? Também tem um labirinto feito de plantas. Bem Harry Potter. E, para alegria da nossa prima que ficou em Fortaleza torcendo por esse encontro, tem vários esquilos pulando entre as pernas dos turistas.


Fomos a um legítimo café vienense (eu tomei um chocolate). A única coisa que não nos caiu bem foi a comida típica de lá. Super pesada e gordurosa, pelo menos o prato que provamos. Ficamos todos meio enjoados depois. O bom foi assistir a um jogo do Brasil na Copa em um bar de lá. Primeiro que passamos o dia andando com as camisas do Brasil e provocando reações em vários cantos. As pessoas paravam e ficavam olhando a gente passar (um homem no metro fez o som da introdução de Aquarela do Brasil). Depois, que quando a Coréia do Norte fez um gol nós descobrimos que o bar inteiro estava torcendo contra o Brasil. Super feio da parte deles. Meu cunhado fez questão de falar bem alto o quanto eles foram péssimos com a gente (mas ele falou em português para não ter problema).


E encantados com a imponência e riqueza da cidade, deixamos Viena e seus palácios e imperadores. Vale demais visitar e curtir a realeza austriaca. Sem contar que as pessoas foram ótimas. O garçon do restaurante que nos atendeu foi procurar na Internet como dizia os ingredientes do prato em espanhol para nos explicar o que era a comida. Nada como gentileza para nos fazer amar um lugar. E aqui um super abraço para o Bruno que foi ótima companhia nesses dias de valsa.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Bibliotecas e gestão

Hoje, passeio pela Biblioteca da faculdade em busca de livros para a dissertação. Durante o ano que passei acessando o catálogo da Biblioteca Mário Sottomayor Cardia aprendi muitos dados práticos de utilização. Por exemplo, se ao pesquisar no catálogo online, encontrar um livro com a designação BOLSA ao lado, não vá atrás dele. A Biblioteca tem um programa através do qual ela compra livros para alunos com bolsa de pesquisa, indexa e entrega ao estudante. A ideia é ótima: ajuda os alunos a conseguir acesso às obras e enriquece o catálogo da biblioteca. Mas na prática, significa que a obra só estará realmente disponível quando ele terminar o curso e devolver.

Livro com bolinha vermelha na lombada é cativo e só pode ser consultado presencialmente. Existe ainda o empréstimo inter-bibliotecas. Se achar algo que lhe interessa em outra biblioteca do país, anote os dados (inclusive a cota) e a da Nova pede para você. Demora cerca de uma semana. Por fim, se quiser um livro que tenha a designação BSC, isso significa que ele é do catálogo Sottomayor e você precisa fazer um pedido e no dia seguinte lhe entregam.

E agora chego na minha descoberta de hoje. O professor Sottomayor foi alguém que fez uma doação à biblioteca da Nova de um acervo de mais de 60 mil livros,. Essa quantidade é maior que o acervo atual, que hoje tem uns 55 mil livros, por isso ela ganhou o nome dele. Mas... De todo o acervo doado, só cerca de 5 mil já foram catalogados e estão disponíveis. Como assim? Pois é, a biblioteca teve três funcionários aposentados no ano passado e até hoje não repuseram pessoal. São só nove funcionários para dar conta de tudo. Incluindo monografias, dissetações e teses de alunos.

Eles não têm como atualizar o catálogo e gerir ao mesmo tempo. Por mais boa vontade que a equipe tenha, também não possue computadores com capacidade para que o trabalho ocorra rapidamente. Quando eu digo que a Nova de Lisboa tem umas coisas parecidas com minha Federal do Ceará é por coisas desse tipo. A gerência do órgão público por vezes não consegue focar no que realmente conta para seus públicos. No caso dos alunos, quer coisa mais importante que livros? É uma questão de estratégia, e não só porque eu só leio sobre isso agora. E se alguém for checar o acervo da UFC, verá uma situação bem parecida.

Agora, todas as vezes que pesquiso algo e não acho, me pergunto se não estaria entre aqueles 55 mil livros guardados o que eu tanto queria.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Paixão por Praga - nos rendemos

Desde que falamos lá no Brasil em viajar pela Europa o que escutávamos era: vá a Praga! Nossos amigos Dete e Adriano, que já rodaram muito o mundo, elegeram como a cidade mais bonita já visitada. Aqui em Portugal também muitos elogios. E ela sustentou cada um deles e provocou mais. A arquitetura é fantástica. Eu desisti de tirar fotografias porque TUDO era lindo. E quando nós perguntávamos o que era cada prédio descubríamos que era só um prédio residencial. Comum mesmo...

Quando entramos na cidade bateu um desespero porque o tcheco é complicado. Em alemão nós aprendemos frases básicas como "por favor, obrigado, a conta"... Em Praga era impossível. A grafia é diferente demais. A sorte é que quase todo mundo desenrolou inglês conosco. Os tchecos não foram simpáticos, nem um pouco, mas são educados o bastante para direcionar turistas perdidos.

E Praga estava cheia de turistas. E de farra! Ganhou de Dublin. Muitos, muitos bares. Muitas boates e festas. E em clima de Copa do Mundo. Praga tem uma Noite de Museus com visitas a museus à noite e de graça. Nós rodamos um ótimo. No fim da visita? Tinha um bar no museu... E fora dele, uma instalação de efeitos de luzes sobre a fachada de um prédio histórico. Ninguém sabia para onde olhar mais.

Há pontos obrigatórios como o relógio na praça da Cidade Velha (foto), a cada hora, um bonequinho da morte puxa uma portinha e saem outros bonequinhos passeando no relógio. A Ponte Carlos IV tem uma luz muito diferente e muitos artistas populares. O Castelo de Praga tem a Catedral São Vito e uma vista da cidade de parar a respiração.

O Museu Kafka vale muito a visita. Ele tem a carta original que o escritor enviou ao pai e nunca foi lida, fotos da vida inteira e instalações sobre cada obra. O Museu de História Natural, na rua Vaclavské Namesti é muito interessante. A rua tem que ser visitada à noite (foto) também porque as muitas flores no meio do passeio dão um efeito surpreendente. Mas o museu é daqueles que traz esqueleto de baleia no teto e reconstrução de animais pré-históricos. Super legal! E o bairro judeu tem arquitetura linda. Não entramos no cemitério judeu mas ele já me deu um pouco de medo porque não tem nada dos cemitérios claros nossos.

Aliás, tem um city tour que é feito à noite e à pé que é "Praga dos Horrores" que passa pelos vários lugares de execução que a cidade teve e por casas de grandes nomes assassinados. Nós não fizemos. Um dos membros do grupo afirmou que não dormiria se fizesse. Como ela era minha irmã, eu acreditei...

Enfim, realmente temos que confessar. Em matéria de cidade mais linda, Praga ganha pelo conjunto da obra e pela atmosfera mágica em que nos envolve.

sábado, 17 de julho de 2010

A cosmopolita Berlim


Nós comprovamos: Berlim é uma ótima cidade para se farrear. Em junho então, com as temperaturas altas de prenúncio do verão, fomos convidados a provar todas as inúmeras cervejas que o país oferece. E os tamanhos em que elas podem ser servidas também são muito generosos. Eu e Rogério, em homenagem ao meu pai e ao nosso sogro, não dispensamos uma.

Berlim conserva um ar histórico às vezes imponente, como mostra a arquitetura da cidade; às vezes deprimente, como acontece no Memorial do Holocasto e seus inúmeros blocos pretos, em tamanhos irregulares, que mais parecem revelar um campo de concentração a céu aberto; às vezes reflexivo, como há na igreja Kaiser Wilhelm (foto 1), que foi bombardeada durante a guerra e se transformou em local de visitação e oração. É de fato uma cidade onde se reflete muito sobre o passado para se construir um futuro mais moderno, mais acolhedor, mais cosmopolita. E, aos poucos, Berlim fica mais rica e mais atraente aos turistas.

Mais acessível financeiramente e com estações de transportes públicos de fazer inveja a qualquer país e que lembram shoppings (foi nessas estações onde fizemos ótimos cafés da manhã, por exemplo), a cidade alemã é um convite ao retorno. Pontos turísticos imperdíveis, além dos descritos acima: Sony Center (na foto 2 e onde eu, Gena, Noemi e Rogério viramos crianças, jogando Playstation); Catedral; os restos do Muro de Berlim (espalhos pela cidade); a Berliner Fernsehturm (a torre de tv que lembra o desenho animado dos Jetsons); o Portal Brandenburg; o Tiergarten (um parque sensacional no meio da cidade).

E a dica que não poderia faltar: o Restaurante Don Giovanni, que fica na rua Alt-moabit, próxima da Estação Central de Transportes (a Hauptbahnhof). Atendimento excelente (o gerente adora futebol e o Ronaldo), refeições bem servidas e preços super camaradas, como o macarrão a 2,90 euros.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nós na IAMCR 2010

Tudo pronto para nossa participação no encontro IAMCR 2010 que será aqui em Braga. Já decoramos o programa e estamos ansiosos para conhecer autores como John Downing, Guilherme Orozco, Beth Saad e Dulcília Buitoni. Também encontraremos duas pessoas queridas do Ceará, uma amiga nossa, que foi colega de faculdade do Paulo, e uma professora da UFC. Promete... Coloco aqui os resumos dos nossos trabalhos.

Eu falarei de Gênero e Comunicação Estratégica:

Reaching for the “mature women” – The Brazilian AIDS prevention campaign focusing in women over 50 years old
The Epidemiologic Bulletin published by Brazilian Ministry of Health in the end of 2008 alerted that the number of infected women over 50 years old had doubled from 1996 to 2006. This works analyzes the 2009 Carnival AIDS prevention campaign that had as target women over 50 years old. The empowered discourse used by the adds and its effective in the Brazilian woman reality are discussed.

Nós dois juntos apresentaremos esse:

Substituting news for poetry – The O Estado de São Paulo fight against censure in Brazilian dictators years
In the last military dictatorship in Brazil, the Institutional Act Nº 5 marks the transition to "hard lines" governments, in a period of strong censure on journalistic activity. In this new scenario, some newspapers highlight against limitations imposed on the freedom expression. This article analyzes “O Estado de São Paulo” roles, newspaper which reached condone the military, but, after then, transformed in a resistance's symbol. Among the measures to strengthen this argument is since the more aggressive, as happened in December 13th, 1968 with the publication of the editorial “Instituições em Frangalhos”, until others, not least cause impacts, as the replacement news for poems.

E o Paulo, em parceria com Tarciana Campos, apresenta:

Communication as stimulus to citizenship: a comparative study of experiences in Brazil and in Portugal
In the city of Fortaleza, which is geographically located in the Northeast region of Brazil, the Municipal Education Secretariat and the NGO Catavento Communication and Education proposed for four public schools a new methodology to address the transversal themes of education, which consists in producing radio programs by students and educators themselves. A similar initiative happened in Portugal, with students from public schools administered by Junta de Freguesia do Lumiar, in Lisbon. They are members of the audiovisual action “Production Cabinet” created by Arts and Training Center – ATC, a project that develop cultural activities among teenagers. This article proposes a comparison between Brazilian experience and Portuguese experience to observe how producing and exchanging information, managed by community itself, can complement activities in classroom and promote citizenship.