quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

¿Que buscan?


Antes da visita ao Brasil, para o Natal, passamos alguns dias em Madri (Eu, Eugênia, Fernando e Talita) e, ainda por lá, Eu e Eugênia esticamos para Toledo, que fica a 30 minutos da capital Espanhola. Depois, já em janeiro, com o meu irmão, Maikon, voltei para Madri, dias depois de Fernando e Talita terem chegado de Barcelona, onde foram curtir o Natal, na companhia de Nilton e Lúcia.

Foram dias ótimos, nas duas viagens. Madri é agitada, elétrica. Muita gente indo e vindo, em um metrô com 11 linhas (Em Lisboa, para se ter uma idéia, temos quatro). Nas ruas, gente, muita gente, que, em tempos de frio, como o período que fomos, se dividem e se esbarram diante dos inúmeros guarda-chuvas, em meio à chuva ou à neve.

É também uma cidade linda. Avenidas largas, prédio altos, de arquitetura clássica, e diversos restaurantes e cafés, para se comer uma paella, tomar um cafezinho ou chocolate quente com churros. Também, por contenção de custos, vivemos a experiência do albergue. Quarto dividido entre nós e banheiro coletivo, para nós e outros hóspedes. Deu tudo certo. E o desafio do idioma para perguntar, pedir, comprar.

De Madri eu e Eugênia pegamos um trem para Toledo. Uma cidade de centro histórico dos mais bonitos que já vi na vida. Arquitetura medieval. Igrejas e mesquitas convivendo juntas. Rio Tajo que depois vira Tejo e aquela alegria de entender onde as coisas começam e para onde vão. Experiência de vida.

Vi neve cair do céu, chuva a impedir que o guarda-chuva permaneça aberto e dividi isso com pessoas que amo, como minha esposa e meu irmão. Uma cena inesquecível disso tudo foi o dia em que eu e Eugênia caminhávamos pelo Parque do Retiro (foto), uma área verde maravilhosa, de onde vemos o Castelo de Velásquez e outro de Cristal, em Madri, e um senhor, percebendo que estávamos perdidos, parou e disse: “ok, ok, ¿que buscan?”. Acho que ele já nos observava a procurar um dos tais castelos a um certo tempo. É bem verdade que estávamos sem mapa. E, na falta dele, a gente sempre encontra pessoas solicitas, por onde vamos. Que bom!

2 comentários:

Eugênia Cabral disse...

Esse senhor me lembrou muito as pessoas de Buenos Aires. Toda vez que a gente se perdia na Argentina, aparecia uma alma caridosa para alegremente oferecer ajuda. Nosso olhar de perdido deve dar uma peninha...

Eleni disse...

E eu? desorientada como sou, vou precisar tanto de pessoas solidárias assim... Tomara que as enconte!
Beijos.