sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cativantes

Antes mesmo de viajarmos para Portugal, algumas pessoas já nos avisavam que as pessoas daqui não eram tão calorosas, que o clima, a rotina e, principalmente, as diferenças culturais em relação a nós ajudavam a acentuar isso.

Em parte, a informação é verdadeira, mas só em parte. Isso porque, apesar da distância de muitos, alguns outros acabaram por nos surpreender. Que o digam os proprietários do apartamento que alugamos aqui. Beatriz e José parecem brasileiros, no melhor sentido da característica!

Ela não só nos ajudou em muito com o próprio apartamento, trazendo móveis e mobílias da própria casa, como também nos levou a lojas onde, para o que faltava, em móveis e eletrodomésticos, o preço era mais em conta. Uma dedicação gratuita, por pura generosidade, amizade mesmo. O José, por sinal, adora o Nordeste do Brasil, tem até apartamentos em Natal e, volta e meia, pensa em se mudar definitivamente ao nosso País.

Gente que se desapegou de qualquer tipo de preconceito, que ainda existe por aqui e que alguns poucos do nosso País ajudam a reforçar, e conseguiu tirar da nossa terra o que ela consegue oferecer de mais humano.

Uma simpatia recíproca, dá pra notar, e uma segurança que passamos a ter também, em uma terra tão semelhante e, ao mesmo tempo, tão diferente da nossa. Na última visita que Beatriz nos fez, trouxe umas frutas daqui, que ainda temos que experimentar como “batida”, termo usado por ela para se referir aos nossos sucos com leite (hehe), e o José não se fez de rogado e esticou a gentileza para um convite de passeio, com o objetivo de conhecermos ainda mais a cidade.

Foi com eles que deixamos de ver a Lisboa do subterrâneo (a dos Metrôs) e passamos a conhecer a da superfície, que oscila entre o antigo e o moderno, o tradicional e o ostentoso. Voltamos a ser caroneiros, gente! hehe

A Talita e o Fernando, que também vieram com a gente pras bandas de cá, justificam a atenção com a seguinte frase, cheia de humor: “Nós somos cativantes, gente!” hehe. Na verdade, o que se viu com Beatriz e José foi o melhor exemplo de seres humanos, que podem ajudar outros, independentemente de cultura ou classe social. Isso é que é humanidade, né não?

2 comentários:

Eleni disse...

Que coisa boa! Quero muito conhecer este casal para agradecer o apoio que estão dando a vocês. Em contrapartida eles devem estar adorando conviver com um casal jovem, bonito, inteligente, educado, culto, ect,etc,etc. Tenho certeza de que todos os amigos concordam comigo, até porque, palavra de mãe não se discute.
Beijos, queridos.

Eugênia Cabral disse...

Nós finalmente descobrimos o nome da fruto: diopiro. A Beatriz garantiu que ela faz muito bem à saúde. Vamos ainda experimentar!